
Isto é um granda som!
Este 2º não me recordo do ano, seu que foi no Coliseu no início dos anos 90. Acho que na 1ª parte tocaram os Sea & The Cake, mas não tenho a certeza. Bebida não faltou.
Vai ser a terceira, pois claro! Quase 20 anos depois. O que é bom não envelhece e Cave é genial.
-Fomos ao D´zrt e sobrevivemos-
Também não sou daqueles que detestam este fenómenos só porque não gosto, ou porque alcançam vendas numerosas. Nada disso. Não me fazem tipo qualquer confusão que existam. Até lhes acho certa piada. Para mim tanto faz. Mas reconheço que os D´zrt fazem muito bem o que têm a fazer. São eficientes, profissionais, cantam e dançam bem, o show não tem falhas, está bem ensaiado e ao nível de qualquer artista camone ou gringo. Funciona muito bem e a malta adora. Fica feliz. E isto eu não posso condenar.
Foi uma festa de despedida e uma retrospectiva da curta vida que tiveram.
Por volta da 3ª/4ª música aparece o Zé Pedro dos Xutos a fazer uma introdução de guitarra para o tema "Para mim tanto faz", depois entram os cantores acompanhados pelo Paulo Gonzo. Tudo ao salto e aos gritos.
Mas houve mais convidados: Uma moça chamada Rita Viegas-que me disseram ter entrado no chuva d´estrelas ou ídolos- cantou com eles uma versão de "I don´t want to talk about it", do Rod Stewart. Outra Rita, de apelido Guerra, acompanhou um dos D´zrt no "Boa Sorte", da Vanessa da Mata/B.Harper, tendo resultado muito bem. Houve um tal de Pedro Khima-que tem músicas a rodar em novelas-num tema de Timbaland, e um tal de Zé Manel, dos Fingertips, num tema dos próprios. Ambos fizeram duetos com elementos da banda. E ainda um tal de Angélico, que se nota ser o sex-symbol do grupo, acompanhado pelas Just Girls (dos morangos c/ açucar)num tema de Sean Paul/Rhianna, por sinal bem ritmado e a cheirar a Jamaica e a r&b americano made in mtv (que eu acho ser uma apropriação do dancehall jamaicano, só que mais apopalhado).
Apareceram umas percussionistas porreiras, As Tucanas. E ainda uns break dancers e dj´s. Os D´zrt mudaram para um acústico, num palco mais pequeno montado no meio do recinto, ali quase ao pé de nós. Aguentei a cena com o Di encavalitado nos meus ombros e o Jon a cantar em voz alta. Foi o delírio das miúdas ao verem os gajos ali ao seu alcance. Nunca ouvi tantos gritos femininos histéricos como nesta noite, mas enfim...aguentei.
A coisa ia-se aproximando das 2 horas de duração quando os putos deram sinais de sono e cansaço. Ainda tentámos arrebitá-los mas já não foi possível. Aproveitámos e saímos mais cedo, até para evitar o maralhal e a confusão dos automóveis.
Cá fora havia pais que conversavam enquanto aguardavam pelos filhos, havia vendedores de flores, de bonecos florescentes e de queijadas de Sintra...
Adeus, e até sempre!
Para mim tanto faz que tenham acabado. Mas para muitas pitinhas foi uma espécie de malegria, como diria Manu Chao.