sexta-feira, 25 de abril de 2008

25 DE ABRIL

Tou cá a pensar transferir esta caixa de ressonância pouco activa para aquela coisa do sapo. É que me dei conta que, crf. a digníssima tvcabo informa, tenho um limite para o international traffic. As chulices do costume para enganar pacóvios como nós. Aquelas merdas que estão em letra minúscula no contrato.

Talvez seja altura de bazar daqui depressa.

Avanti!

No dia 24 ensinaram-me a fazer umas bandeiras de papel. Este era preso a um pauzinho. Passámos o dia de aulas todo naquilo. Pintámos a bandeira portuguesa. É a primeira vez que oiço falar de país e de Portugal. Que somos todos portugueses e que devemos estar orgulhosos, felizes e esperançados em melhores dias para todos. Com Liberdade, Respeito, Amizade, Melhores Condições de Vida e por aí fora. Enfim, Boas Vibrações que emanam na comunidade em busca de um mundo melhor.

No dia 25 ensinam-me o hino e canto-o com toda a escola, acenando com a minha bandeira de papel, e grito: Viva Portugal!
Não foi aquele "viva" instituído pelo mister Scolari e aquela coisa do euro 2004. Nada disso.
Era VIVA O 25 DE ABRIL!
Com o coração.

Este foi o meu primeiro 25 de Abril e foi em 1976, quando entrei para a escola primária. Era nos confins da Beira-Baixa. Um mundo muito isolado e quase medieval na distribuição da riqueza.
Lá estava, em final de carreira, o velho director: o temível professor Ginja, que tinha uma fama do caraças. Dava uns castigos do camandro aos alunos e andava tudo na linha no outro tempo. Mas agora estava já com uns 70 anos e passava a maior parte das aulas a dormir. A malta atirava-lhe papelinos e o gajo não acordava. Era uma festa. Simbolizava o país do Salazar. Velho, caduco, parado no tempo e fechado na sua mentalidade de paróquia.

Ouço a minha avó cantar, e no rádio phillips que fazia companhia ao meu avô João, uma canção sobre uma gaivota que voava e sobre sermos livres.
Achava aquilo muito bonito. Era poético. Era algo que nos elevava para lá do mundo quotidiano, era algo que procurava alcançar um sonho, ou apenas algo melhor. Abria outras possibilidades às pessoas, individual e colectivamente. Não era bom que cada um pudesse viver à sua maneira, procurasse a sua felicidade, não atropelasse ninguém e tivesse respeito pelos outros? Não haver inimigos por perto. Era bom, sem dúvida. Eu adorava.

34 anos depois, um gajo cresceu, começou a ver o mundo, abriu a pestana, viu como é que as coisas se mexem, para onde vão, quem ganha e quem perde, quem manda e quem obedece, e dá vontade de fugir daqui para fora.
Os sonhos não movem países, mas a força da verdade sim. Só que às vezes demora muito tempo a chegar e já chega tarde.

segunda-feira, 21 de abril de 2008

Nick Cave & The Bad Seeds

16 Dez 1988, com Mão Morta na 1ª parte. Por alturas do disco Tender Prey, um dos melhores para mim. Um bacano do Algarve fartou-se de vomitar ao nosso lado e dormiu metade do concerto.


Este 2º não me recordo do ano, seu que foi no Coliseu no início dos anos 90. Acho que na 1ª parte tocaram os Sea & The Cake, mas não tenho a certeza. Bebida não faltou.


Vai ser a terceira, pois claro! Quase 20 anos depois. O que é bom não envelhece e Cave é genial.

quinta-feira, 17 de abril de 2008

Benfica

Com aquela gente no clube nem ao Bordas de Cima ganham, quanto mais ao Sporten e ao FêCêPê.

quarta-feira, 16 de abril de 2008

O Cão-Bomba

"...se eu tivesse uma máquina fotográfica ficava rico. Hoje, às cinco da manhã, espreitei para uma janela iluminada e vi um cão a bombar numa gaja. Se pudesse, tinha tirado uma fotografia e ainda ganhava dinheiro com aquilo".

Arrumador zona das Finanças
Barreiro

quarta-feira, 9 de abril de 2008

De Espantar

Ena pá, de repente só vejo políticos ocidentais e seus meios de comunicação extremamente preocupados com os direitos humanos!
E liderados pelo Sarko, essa espécie de Santana Lopes high-tech fashion papa-todas.